Hoje, quando já não me lembro se o Hino da Independência é aquele cujo refrão diz "brava gente brasileira" ou "liberdade, liberdade", acordei com o tamborilar dos pingos da primeira chuva em mais de 60 dias. Que som adorável, que cheiro bom aquele que dizem ser do ozônio precedendo a chuvarada. O que fazer? Sair da cama ou aproveitar aquele "barulhinho" para, aos poucos, adormecer?
É isso, aproveitar mais um pouquinho e depois sair, não sem antes engolir um café bem devagarinho. A temperatura caiu, o céu está cinza, a chuva não para. Uma delícia, após tantos dias com umidade abaixo do tolerável. Preciso comemorar os preparativos da natureza para a chegada da primavera.
Na alvura das flores do ipê, as gotas cintilam e pulsam, estimulando a seiva a fluir. |
P.S. Google: Evaristo da Veiga escreveu o poema do Hino Consitucional Brasiliense, no começo do século XIX, musicado por um maestro do qual D.Pedro I fora aluno. Após a proclamação, D. Pedro I compos uma nova melodia para o hino que se tornou oficial da Independência. A aceitação foi tamanha que, durante alguns anos, D. Pedro era tido como autor exclusivo da música e também da letra. Coisas da política. Mas, abdicando do governo imperial, em 1831, D. Pedro colaborou para o desprestígio do hino, que ficou mais de um século sem execução oficial.
Somente no ano de 1922, data do centenário da independência, o hino foi novamente executado, porém, com a melodia do maestro Marcos Antônio da Fonseca Portugal - professor de D. Pedro I. Contudo, na década de 1930, graças à ação do ministro Gustavo Capanema, o Hino da Independência foi finalmente regulamentado em sua forma e autoria. Contando com a ajuda do maestro Heitor Villa-Lobos, a melodia composta por D. Pedro I foi dada como a única a ser utilizada na execução desse hino.
Bem recebida foi esta chuva.
ResponderExcluirLiberdade mesmo que momentânea dos problemas respiratórios, da poeira, da seca sem fim e o calor escaldante.
Gotas refrescantes que encharcam o solo. Brota a vida com se o tempo seco não lhe tivesse afetado.
Não me importei com o desfile, com o fato de ser feriado chuvoso.
Curti o barulho da chuva, dos poucos trovões que ecoaram como o grito de D. Pedro I às margens do Ipiranga.
Quer mais liberdade que isso?