quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Certas coisas não têm preço.

Nem sei quantas eu poderia enumerar, mas, neste caso, prefiro serei específico. Penso no valor de um livro, não para comprá-lo, mas como empréstimo, quando o valor material desaparece e dá lugar a uma referência de valor incalculável. É assim que encaro os empréstimos promovidos por meu amigo Ed.





quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Em tempo de eleição, passe antes no museu da corrupção!

Para mim, é novidade (que pena), mas o jornal paulistano Diário do Comércio inaugurou, no início do ano passado, o Museu da Corrupção Online, espaço importante num momento de expansão no uso da internet, principalmente, para pesquisa em tempo de eleição. Muco, como é conhecido por seu endereço eletrônico, nasceu com um desafio: tornar-se um espaço o mais imparcial possível. Afinal, ser neutro diante de todos os escândalos políticos, desse ou daquele partido, e não sucumbir diante das pressões do poder é tarefa árdua.



terça-feira, 7 de setembro de 2010

Chuva faz esquecer o hino; em vez disso, outras letras vêm à mente.

Sete de setembro de 2010. Feriado dedicado ao "dia da independência". Há anos, a primeira preocupação da manhã seria com o uniforme e a letra do hino, além de alguns outros preparativos necessários à participação no desfile da escola.
Hoje, quando já não me lembro se o Hino da Independência é aquele cujo refrão diz "brava gente brasileira" ou "liberdade, liberdade", acordei com o tamborilar dos pingos da primeira chuva em mais de 60 dias. Que som adorável, que cheiro bom aquele que dizem ser do ozônio precedendo a chuvarada. O que fazer? Sair da cama ou aproveitar aquele "barulhinho" para, aos poucos, adormecer?
É isso, aproveitar mais um pouquinho e depois sair, não sem antes engolir um café bem devagarinho. A temperatura caiu, o céu está cinza, a chuva não para. Uma delícia, após tantos dias com umidade abaixo do tolerável. Preciso comemorar os preparativos da natureza para a chegada da primavera.
Na alvura das flores do ipê, as gotas cintilam e pulsam, estimulando a seiva a fluir.
Ligo o carro, saio devagar (pra que pressa?), não por segurança, mas para "sentir" cada pingo marcando o para-brisa. E o hino? Não sei porque, mas só me lembrava do "liberdade, liberdade". Na dúvida, preferi recordar Jorge Benjor, de quando era apenas Jorge Ben cantando "chove chuva, chove sem parar". Gal Costa até poderia invadir meu rádio com aquele verso "chuva de prata que cai sem parar". Afinal, no ritmo da chuva, tudo é válido, inclusive molhar os pés.


P.S. Google: Evaristo da Veiga escreveu o poema do Hino Consitucional Brasiliense, no começo do século XIX, musicado por um maestro do qual D.Pedro I fora aluno. Após a proclamação, D. Pedro I compos uma nova melodia para o hino que se tornou oficial da Independência. A aceitação foi tamanha que, durante alguns anos, D. Pedro era tido como autor exclusivo da música e também da letra. Coisas da política. Mas, abdicando do governo imperial, em 1831, D. Pedro colaborou para o desprestígio do hino, que ficou mais de um século sem execução oficial.  
Somente no ano de 1922, data do centenário da independência, o hino foi novamente executado, porém, com a melodia do maestro Marcos Antônio da Fonseca Portugal - professor de D. Pedro I. Contudo, na década de 1930, graças à ação do ministro Gustavo Capanema, o Hino da Independência foi finalmente regulamentado em sua forma e autoria. Contando com a ajuda do maestro Heitor Villa-Lobos, a melodia composta por D. Pedro I foi dada como a única a ser utilizada na execução desse hino.

Caminhada fotográfica Hércules Florence rendeu uma bela exposição

zoom com apenas um clic
Participar da 10ª Caminhada Hércules Florence foi, para mim, motivo de muita satisfação (aliás, muitos). Primeiro porque foi a minha primeira caminhada, com grande aprendizado histórico; segundo, porque a exposição das fotos na galeria do Senac mostrou o quanto é possível explorar o mesmo ambiente sob os mais diferentes ângulos. E, para provar, a curadoria da mostra foi sábia ao organizar as fotos por tema e, quando possível, por local. Independente da câmera fotográfica utilizada, mais uma vez ficou comprovado que o fator mais importante para a tomada de qualquer foto são aqueles 30 centímetros atrás do visor (ou seja, o fotógrafo, recorrendo a uma frase do mestre Ansel Adams).  
Duas leituras do mesmo cenário: a escultura completa e o detalhe, compondo com o fundo.
Com certeza, centenas de imagens continuam sob guarda dos participantes, para alimentar muitas outras exposições.
Tomara que isso aconteça logo.