Este desafio chegou-me por acaso, vindo de um site português (EfotosPT), em que o fotógrafo Miguel Gaspar (Spo_oky) descreve uma técnica de macrofotografia com recursos disponíveis a qualquer "fotomaníaco", digo, fotógrafo, sem necessidade de investir em lentes de aproximação para fotos a curtíssima distância.
"Inverta a lente da câmera e terás uma lupa"
O princípio ótico já me era conhecido, mas nunca o apliquei em busca de resultados. Apesar de tantas experiências interessantes disponíveis na internet, nem sempre é possível repetí-las, mesmo que por distração. Mas, dessa vez, a dica me surpreendeu e quase na mesma hora iniciei o experimento. No entanto, na pressa, não segui as instruções à risca e terminei com três alternativas para comparar os melhores resultados.
1ª) Duas lentes normais, de 50mm, unidas "frente a frente"
Por esquecimento, não fotografei a "traquitana" (usando linguajar de fotógrafo): uma lente 1.4 na câmera e outra 1.8 montada à frente, no lugar do filtro (invertida). Pela dificuldade na focalização, o resultado parece aceitável nos detalhes, apesar da vinheta escura. Ao contrário, as fotos do site EfotosPT estavam em "quadro inteiro", por isso a vinheta me desafiou a montar outros conjuntos de lente, na tentativa de obter o "full frame".
Violeta africana (luz artificial de 3.400º Kelvin)
Cactus (luz artificial, tungstênio)
Flor de cactus (luz artificial, tungstênio)
Flor de cactus (luz artificial, tungstênio)
Violeta africana (luz natural)
Raiz aérea de orquídea Phalaenopsis (luz natural)
Micro flor milimétrica (s/ identificação) à luz natural
2ª) Um "tubo" Extender FD 2x junto a uma lente de 50mm, "frente a frente" Por falta de um filtro de junção, utilizei filme plástico e fita crepe para montar o horrível conjunto, porém leve e fácil de operar. A lente de 50mm ficou à frente do "tubo FD" montado na câmera; o diafragma foi acionado manualmente a partir da leitura do fotômetro. Focalização com o movimento do assunto (p/ a frente e p/ trás), por ser bem mais fácil que movimentar a câmera (não me recordo se o anel de focalização na lente ajudou um pouco). O interessante é que consegui o "full frame", eliminando o charme da vinheta. Acompanhe os resultados.
Detalhe da flor de um mini cacto (duas numa área de 2cm)
Idem (escala no detalhe)
"Espinhos" de mini cacto (veja escala no detalhe; 1cm era seu diâmetro)
Detalhe do caule da planta Camarão Vermelho (Justicia brandegeana)
Detalhe da flor do Camarão Vermelho (Justicia brandegeana)
Macro da folha modificada do Camarão Vermelho (Justicia brandegeana), entre o caule e a flor
Rosto do anjinho (cabeça com menos de 2cm)
Detalhe da flor da planta Coração Sangrento (nome científico: Clerodendron speciosum)
Detalhe do órgão reprodutor da chamada orquídea japonesa (Phalaenopsis)
Idem
3ª) Teleobjetiva 50 - 250mm "frente a frente" com uma lente de 50mm (1.8) invertida
Esse conjunto, de visual idêntico (horrível) ao anterior, não me apresentou bons resultados. Em princípio, o peso na câmera dificultava o manuseio. Tentei focalizar através da tele, mas não ajudou muito. Escolhi o modo "prioridade de velocidade", deixando a Tele em modo A. Mas, creio que acabei modificando o diafragma na pequena de 50mm e confundi a leitura do fotômetro, ganhando também a vinheta característica da primeira experiência. Por escolher uma Canon mecânica, com filme, só vi o péssimo resultado quando retirei o filme e o CD no laboratório. Ainda bem que, no final, fiz exposições com variação de diafragma. No entanto, descobri que a Tele no zoom de 250mm (sem fechar o diafragma da 50mm) produz fotos em quadro inteiro, mas esta é uma experiência que devo repetir quando tiver mais paciência ou quando puder utilizar uma câmera DSLR para ver os resultados logo após o "click".
Neste experimento nenhum inseto foi sacrificado. Tive a sorte de encontrar uma abelha preta (Arapuá) que morreu agarrada a uma abelha Jataí (causa mortis indefinida).
Veja o tamanho da dupla na escala (menos de 1cm).
Ao contrário das previsões, parece que haverá atraso na inauguração da loja Anhanguera do grupo Leroy Merlin. Passados 15 dias do mês de janeiro, nada indica que o cronograma será cumprido, apesar da fachada estar em ritmo acelerado de acabamento. Talvez, a previsão de inauguração tenha sido mera especulação, pois a ponte que fornecerá um dos acessos continua inacabada.