A implosão da velha rodoviária de Campinas, marcada para as 11h do dia 28/04, virou uma atração para todas as idades. Nos diversos pontos de isolamento, no entorno do velho prédio, crianças com seus pais, avós com seus netos, madames e respectivos totós , dividiam os pequenos ângulos de visão para o que seria - talvez - a segunda implosão na cidade (a 1ª foi o que sobrou do hipermercado Eldorado, após incêndio).
Com três minutos de atraso, enfim, as sirenes soaram. O silêncio assumiu o espaço e até os helicópteros ficaram estáticos lá no alto. Um estrondo ôco anunciou a parede de poeira que encobriu a famosa esquina da Andrade Neves com Barão de Itapura. Aplausos, assovios e um quê de decepção. Baixada a poeira, muitos se perguntavam só isso?, o chão nem tremeu? e isso tudo que ficou de pé? acho que faltou explosivo. Aos poucos, a área de isolamento ia recuando, e o público cada vez mais perto. Câmeras, filmadoras e celulares eram o prolongamento digital de cada braço que conseguia furar o bloqueio imposto pela polícia, bombeiros, guarda metropolitana, defesa civil e, como não poderia faltar, os amarelinhos. Morta a curiosidade, cada qual voltou ao que tinham planejado para o domingão.
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